folhas de outono

folhas de outono

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

MEU RANCHO




Meu rancho não tem água encanada
Energia ligada e nem televisão
Mais tem luz de lampião
Que na escuridão, fica iluminada
E nas noites enluaradas
Armo a rede e me deito pra balançar
E sem me preocupar
Fico a meditar até de madrugada
Escrevo versos e faço toadas
Eu não troco por nada a paz desse lugar.

Lá no meu ranchinho
Não tem paredes de azulejo
É ao estilo sertanejo
Feito de taipa e com carinho
Me acordo bem cedinho
Com os passarinhos no terreiro
Parecem até seresteiros
Cantando corinhos pra me acordar
A paz que vivo aqui nesse lugar
Eu não troco por qualquer dinheiro

Retirado da coletânea de (Amiraldo Patriota)

5 comentários:

Unknown disse...

Muito me emociono ao ver no seu mensageiro, a casa em que nasci e o poema que a ela dedico. Para os que olharem na sua calçada, está escrito um poema que fiz, em 1977 quando da minha despedida.
ADEUS CAZINHA QUERIDA
BERÇO DA MINHA VIDA
FOI DIFÍCIL DE DEIXAR
MAIS DIFÍCIL SERÁ TE ESQUECER.
Amiraldo Patriota

Grato.

Unknown disse...

O seu comentário na minha página, será copiado e publicado juntamente com uma foto no meu mensageiro. Sob forma de mostrar também aos meus acessantes, a sua belíssima págima, e o seu fascínio pela estação outono. Procurarei também, escrever algo sobre essa estação, assim como já fiz o inverno, publicado recentimente na edição do jornal contraponto, João Pessoa - PB. Acesse o meu e-mail (via meu blog parte superior) www.sertaoonline.com e podemos trocar idéias, menságens. Para não deixarmos, a cultura morrer, nas mãos dos autores de obras feitas.
Grato.

Unknown disse...

Você e seu comentário, estão na minha página. www.sertaoonline.com

Grato.

Amiraldo Patriota disse...

CASA SIMPLES
***
Casinha pequenina
Paredes, portas e janelas
Minha mãe lá dentro dela
Três meninos e uma menina
Lá fora, a lua que ilumina
As noites escuras no terreiro
Lá dentro, a luz do candeeiro
Acendia o pavio no querosene
Iluminando aqueles quatro pequenos
Naquele casebre sertanejo.

Pastoreávamos cabras e ovelhas
Criávamos cabeças de gado
Comíamos o leite coalhado
Adoçado com mel de abelhas
Um gato miava, na telha
O cachorro latia com medo e correndo
Do trovão, quando estava chovendo
Enquanto a família dormia
E despertava com a sinfonia
Da passarada, com o sol nascendo.

Caminhávamos para a roça
Com as borboletas nos guiando
E o orvalho caia molhando
Alagando a terra nossa
Uma junta de boi puxava a carroça
O arado e o cultivador
Preparando as terras do meu avô
Naquele sertão Pernambucano
Passam-se anos e anos
E ficam as lembranças do que se passou.

Amiraldo Patriota

Severa Cabral(escritora) disse...

Meu querido amigo do silêncio,não consigo te encontrar neste universo virtual,mas tenho aprendido conviver com esta ausência...